quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Porque não há última resposta

Foram dias atarefados que tiveste, até finalmente chegar o Natal. Entre terminar dois relatórios que tinham obrigatoriamente de estar prontos e revistos antes do final do ano, ajudar o teu filho nas dificuldades que sente a Matemática, tentar perceber onde passar o Natal, onde passar o fim do ano, como gerir as questões familiares associadas a estes conturbados períodos, não deixaste, contudo, de pensar em mim.

Não enviaste nenhum email, isso não, já que conseguiste controlar os impulsos que te impeliam a fazê-lo, chegando mesmo a apagar, por duas vezes, um "olá" tímido e reticente que tinhas começado a escrever.

Eis que o Natal chega. E com ele a nostalgia de o ter passado, uma vez mais, com a mulher que escolheste, mas não com aquela que preenchia o teu coração. Pensavas constantemente no que estaria a fazer, com quem estaria, o que estaria a pensar, se teria pensado em ti naquelas festas. Já passava da meia noite quando foste enviar o "meu" email, desejando-me umas "Festas felizes" e rematando com um Beijo bom.

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